terça-feira, 1 de junho de 2010

Calor

Sabia que era a mão dela.
E isso foi confirmado pela voz que ouvira.
Mas, talvez, não tivesse sido preciso ouvir a voz, já que aquela era a única mão capaz de transmitir tanto calor a ele e, ao mesmo tempo, fazer com que as mãos do rapaz tremessem ao tocá-la.
Enquanto agradecia, de forma silenciosa, por mais um pedido atendido, o rapaz concentrou-se nas palavras ditas pela moça, ainda com as mãos juntas a dela.
Alguns segundos, ou talvez minutos, horas ou dias depois, lentamente as mãos deles foram se distanciando.
Os olhares se cruzaram e houve uma troca de sorrisos tímidos, sem que nada mais precisasse ser dito. Pelo menos para ele.

Um comentário:

Jéssica Viveiros disse...

Irmão...não conhecia seu lado poeta!!! rsrsrsrs Muito lindo!!!!