segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Vida pela janela

Da janela do quarto ele vê a rua: vazia, iluminada pela lua e pela lâmpada do poste. Vê a casa dos vizinhos apagadas. Sente a brisa balançar seus cabelos, entretanto, desta vez, não se incomoda em arrumá-los. Vê o cajueiro e a goiabeira do outro lado da rua que, devido a tal brisa, balançam suas folhas, produzindo um farfalhar que, por ser o único barulho na madrugada, parece conversar com o rapaz, sussurrando aquele nome que o persegue. Olhando para o alto, ainda através da janela, ele vê o céu, numa mistura de azul escuro com cinza, evidenciando alguns pontinhos brilhantes, as estrelas, além da tímida lua, que aparece por trás de algumas nuvens. Ele viaja na infinitude desta cena, imaginando o quão distante essas estrelas estão. Muito distantes. Para ele, tão distantes quanto... Ela. A luz do luar entrava pela janela, iluminando a cama, lugar no qual, de forma serena e inocente, ela dormia. Sem nem imaginar que, longe dali, ela se fazia presente nos pensamentos de alguém. Alguém que olhava a vida pela janela, esperando a hora de encontrar a moça novamente.

2 comentários:

Anônimo disse...

Belíssimo texto! Tem sentimento...
faz um sobre o Fla x Flu! hehehe

viu que botei sou nome abaixo da última tirinha né?
abraço!

Joy disse...

Gostei muito!

Pela olhade que dei nos seus textos, me parece que eles provêm de uma fonte cheia de sentimento e ao mesmo tempo frias em relação a qualquer forma de sentir!!
Muito bom mesmo! Voltarei sempre que possível!