quinta-feira, 11 de setembro de 2008
O futuro não é mais como era antigamente
11 de setembro de 2001.
Chego em casa por volta das 9:30 da manhã, voltando do curso de inglês, e encontro minha irmã sentada, em frente à TV, um tanto chateada.
- O que houve? – pergunto eu.
- Ah... Poxa... Cortaram o desenho pra mostrar a notícia de um avião que bateu em um prédio nos EUA.
No primeiro momento, não me interessei muito e fui trocar de roupa. Mas quando voltei para o quarto, a televisão ainda mostrava a mesma reportagem. Foi aí que comecei a prestar atenção.
Enquanto a TV mostrava imagens ao vivo do local do acidente, os repórteres falavam que o avião colidiu com uma das Torres Gêmeas, um dos mais importantes prédios comerciais de Nova York.
Então, o que menos se esperava aconteceu: um outro avião colidiu com a outra Torre Gêmea, durante a transmissão, ao vivo!
Só então começou a se cogitar a hipótese de atentado terrorista.
Atentado terrorista? O que é isso para um menino de 13 anos?
Esse fato se juntou a poucos que aconteceram anteriormente, durante minha vida, e que me fizeram ver o mundo de uma forma diferente, a mais imperfeita possível, diferente da forma que qualquer criança imagina.
O que estava acontecendo? Por quê alguém faria algo assim?
Nada fazia sentido para mim.
Toca o telefone. Minha mãe pede para falar comigo.
- Rafa, tá vendo televisão, né?
- To, mãe...
- É, meu filho, ataque terrorista... É o início da Terceira Guerra... – ela disse em uma previsão pessimista.
Fiquei perturbado com aquelas palavras. Mas, pela primeira vez percebi que estava vendo a História ser escrita.Foi então que ouvi uma frase, já não lembro se foi na TV, ou foi minha mãe que disse, ou ainda se foi fruto de minha imaginação. O que importa é que ainda ouço ela ecoar em meus ouvidos, como naquele dia 11 de setembro de 2001: “O futuro não é mais como era antigamente”.
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Um comentário:
Rafa essa frase é da música Índios da Legião!!
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