segunda-feira, 2 de junho de 2008

A verdadeira Batalha dos Aflitos



No último domingo, durante a partida entre Náutico e Botafogo, o zagueiro alvinegro André Luiz se descontrolou após ser expulso pelo juiz Wilson Luiz Seneme e fez gestos obscenos para a torcida do Timbu, além de chutar uma garrafa, atingindo alguns torcedores.
Logo depois o jogador se dirigiu ao banco de reservas, o que não é permitido, já que havia sido expulso.
A polícia tentou retirá-lo do campo, mas André Luiz reagiu e teria ofendido uma policial. Esta, por sua vez, deu voz de prisão ao jogador, por desacato.
Tudo virou uma confusão generalizada: policiais tentando prender André Luiz e jogadores do Botafogo tentando proteger o zagueiro, que tentou fugir pelo vestiário, mas o mesmo estava trancado.
Quando enfim o jogador aceitou sair com os policiais, foi levado por entre a torcida do Náutico.
Neste momento, o presidente do clube carioca tentou intervir e também foi levado pela polícia ao Juizado Especial do Torcedor, sob a mesma acusação do jogador.
Tanto André Luiz, quanto Bebeto de Freitas, foram condenados a pagar 25 salários mínimos. O jogador aceitou a pena, mas o presidente não, portanto o seu processo será levado ao Ministério Público.
Quem está certo nessa história toda?
Na minha humilde opinião, NINGUÉM.
André Luiz não tinha motivo para reclamar da expulsão e, pior ainda, nada justifica os gestos obscenos em direção à torcida e nem o desacato à policial.
A polícia deveria ter se mantido fora da situação (a não ser que sua participação tenha sido solicitada), quem tinha a responsabilidade de encaminhar o jogador para o vestiário era o quarto árbitro. E por mais que este pedisse a contribuição da polícia, não justificaria a forma truculenta com que agiram contra os jogadores do Botafogo, chegando a utilizar spray de pimenta. Também foi uma decisão infeliz tirar o jogador do campo pelo meio da torcida do Náutico, expondo o mesmo.
Os jogadores do clube carioca também não deveriam tentar intervir. Essa atitude só contribuiu para generalizar a confusão.
Já o presidente do Botafogo, tinha todos os direitos de se sentir ofendido com a forma que seus jogadores foram tratados, mas perdeu a razão quando se dirigiu de forma rude aos policiais, empurrando, sendo empurrado e falando coisas que não deveria.
A uma conclusão pode-se chegar: André Luiz deve ser punido (e 25 salários mínimos não bastam, falta a suspensão), assim como os policiais.
Mas já ouvi falar em perda de mando de campo para o Náutico. Só não entendi que culpa tiveram os jogadores e o clube pernambucano nesta história.
A minha dúvida maior nesta situação toda é: teria sido tudo da mesma forma caso o jogo fosse contra o Vasco de Eurico Miranda??? (Nada contra o time da colina, mas sim contra sua administração).


Rafael Brasil

6 comentários:

Anônimo disse...

Concordo com vc, ambos estavam errados. O pior é que a confusão envolveu quem não tinha nada a ver com isso, acredito que os jogadores do botafogo estavam tentando proteger o colega e um deles (se não me engano o lateral Alessandro) afirmou ter sido atingido pelo spray de um dos policiais. Ele disse ter passado mal e vomitado sangue até.
Tomara q isso não aconteça daqui pra frente...

abraço primo!

Anônimo disse...

é!! vc ganhou um comentário! parabéns!

Pior nisso tudo é saber que nao vai dar em nada.. o jogador no máximo sofre uma pena de 720 dias que depois é convertida pra 4 jogos, os dirigentes continuam mandando e desmandando, ao menos os que não se demitirem após o caso, e a policia continua baixando a porrada.. na Ilha do Retiro vira e mexe acontece isso.. é nosso país.. Que venha 2014! estamos prontos!

disse...

Caro Rafa.
Na minha opinião o maior errado fui eu que, ao invés de ver um filme ou dormir, fiquei assistindo àquela "pelada" de várzea.
Um abraço.
J.Carlos.

Anônimo disse...

Não vou expressar a minha opinião, pois, não acompanhei o jogo. Tão pouco entendo de futebol... Mas, sei quando acontece um gol (rsrsrsr) e posso afirmar que você fez um gol de placa, driblando os desafios da Língua Portuguesa.
Parabéns pelo seu texto! Você escreve muito bem. O resto são simples detalhes.
Saudações alvi-negras!!!!! Bjs.

Unknown disse...

vou fazer minhas ponderações:

1. Quando André Luiz foi expulso, ele primneiramente chutou a garrafa e feriu um torcedor, depois gesticulou (deu uma dedada) para a torcida. Nesse exato momento, a polícia já tinha dado voz de prisão para o jogador, atuado em flagrante por má conduta e lesão corporal.

2. Quando o jogador estava se dirigndo ao vestiário, ele já havia sido atuado em flagrante pela polícia. A policial foi chama-lo para ir direto pra a delegacia e ele a chamou de "policial de merda", portanto, a polícia nesse exato momento agiu conforme é de direito e dever: repreendeu, inclusive utilizando de forma legal, a força necessária para tal.

3. A polícia e a Federação Pernambucana de Futebol fecharam sim o vestiário, porque haviam aprox. 10 seguranças do Botafogo, que iriam entrar em confronto direto com a polícia para evitar o que André Luiz fosse para a delegacia. Inclusive, no vídeo da para ver e ouvir os chutes que os seguranças do Botafogo estavam dando para arrombar o portão.

4. O sr. Bebeto de Freitas não foi atuado por desacatar o policial, e sim por desacatar o delegado de polícia e o procurador quando já se encontrava dentro da delegacia.

5. Em nenhum momento o Sr. Bebeto de Feitas foi agredido. Ao fazer o isolamento para conduzir o jogador do Botafogo a delegacia, o sr. Bebeto de Freitas tentou furar o bloqueio da polícia que estava acobertando o jogador do Botafogo.

6. O sr. Bebeto de Freitas informou que o jogador não deveria ser tratado como um marginal. O que legitima o jogador do Botafogo poder desacatar uma autoridade, ferir moralmente e fisicamente uma torcida e a instituição da Polícia Militar de Pernambuco e não ser repreendido por isso?

7. Sr. Bebeto de Fereitas: o que difere o seu jogador um idadão comum que não deve sair algemado diante de uma agressão e desacato a uma autoridade?

8. Em qualquer lugar do mundo, ao ocorrer um desacato a autoridade, a autoridade competente tem a obrigação de dar voz de prisão. Crime é crime, assim como jogadores já sairem da campo algemados por racismo, o mesmo deveria ocorrer com o jogador do Botafogo por desacato e
agressão. Ou não?


9. Exceto dentro das quatro linhas, (quando digo dentro das quatro linhas, quero dizer literalemente dentro das quatro linhas) a polícia não tem autoridade. Saiu desta quatro linhas a polícia tem autoridade para agir e utilizar a força necessária, e assim o fez, para conter o descontrolado jogador do Botafogo.

10. O procurador do STJD afirmou que a polícia em Pernambuco é excessivamente armada. Excessivamente armada!? Por um acaso é a polícia de Pernambuco ou a polícia de Rio e de São Paulo que utilza bombas para conter confusões. Seu procurador, antes de falar qualquer asneria, atente-se aos fatos, não faça papel de burro na frente de milhões de brasileiros. A polícia de Pernambuco é exemplo de pacificação nos estádios e de contensão de cambistas.

da uma olhada nesse video do youtube que vc vai entender melhor do que estou falando:

http://youtube.com/watch?v=pziZrkft9X4

Abraços!

Anônimo disse...

Rafael: o meliante André Luiz, ao cometer 2 crimes previstos no estatuto do torcedor (dedada + chutar garrafa d'água na torcida), recebeu voz de prisão, ainda no banco de reservas. Como todo preso, tem que sair algemado ou contido pela polícia (está na lei). Ao reagir a prisão e desacatar a tenente, cometeu mais 2 crimes. Teve que sair na força. Daí começou tudo. Abraços. Henrique