sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Sabe que é pra você



Vários anos. Vários escritos. No mínimo anualmente.
E, mesmo assim, sempre tenho algo a escrever. Ou não escrever.
Talvez, justamente por isso. Por um saber o que o outro está passando só de ver o que foi escrito, nem que sejam só 140 caracteres ou, quem sabe, apenas uma palavra.
Até no “não-dito” conhecemos um ao outro. Quando o silêncio torna-se grande, tratamos de mostrar que “estamos aqui”, na maioria das vezes não com essas palavras.
Caramba!! É exatamente isso!!
Talvez, hoje, como Newton, quando supostamente a maçã caiu em sua cabeça, eu tenha passado por um momento de genialidade, que me possibilitou elaborar a mais óbvia de nossas teorias. A mais facilmente comprovada.
Conhecemos tanto um ao outro que nos comunicamos de uma forma própria, só nossa, na qual uma foto compartilhada no Facebook quer dizer mais que uma simples imagem; ou um tweet que aos outros parece significar “A”, na verdade significa um “B camuflado que C.C./S.G. vai entender”. E acho que já fazemos isso por natureza, sem percebermos muitas vezes; na maioria delas, sem nem deixar pistas de que estamos nos comunicando.
Mas o outro percebe. E responde. Vezes com músicas, vezes com retweets ou curtidas, vezes com textos. E, algumas vezes, até com o silêncio. Um silêncio diferente; um silêncio no qual a gente se entende.
E é isso que nos faz próximos: nos conhecemos, mesmo que para os outros pareça que nem sabemos um do outro.
Uma prova disso? Não falei nada, mas você veio até aqui, no meu blog, porque sabia que hoje (ou nessa semana) teria algo para você ler.
Não usei nossas quatro letras preferidas quando estão juntas, não falei seu nome (só abreviei!), não disse o porquê disso tudo aqui. Entretanto, você (e talvez só você) sabe que eu tenho razão.
E o melhor: sabe exatamente o que eu quis dizer desde a primeira linha. E sabe que é pra você.